2024-12-11

Os 3 tipos de pessoas no escritório…

No que toca a resolver problemas, existem 3 tipos de pessoas. E tu és uma delas…

Quero que penses nas pessoas com quem trabalhas ou já trabalhaste.

Colegas, colaboradores, chefes, fornecedores, clientes, etc.

Agora, quero que identifiques pessoas que, sempre que tinham um problema que nunca tinham resolvido ou que não sabiam como resolver, por mais básico que fosse, reportavam o problema e ficavam ali, de braços cruzados, à espera que fosse resolvido.

“Jorge, a impressora não imprime!”

“Jorge, o computador não liga!”

“Jorge, o João disse que não era possível!”

“Jorge, onde está aquele documento que me enviaste há 2 semanas? Não o encontro.”

Conseguiste pensar em alguns nomes?

Eu tenho dois ou três (pelo menos).

Frustrante não é?

Depois tens pessoas, que quando um problema lhes aparece à frente, começam logo a arranjar soluções sem pensar muito.

As soluções, na maioria das vezes, nem são as melhores. Mas a sua definição de sucesso é marcar a tarefa como feita. Para que desapareça da sua frente.

E isso acaba por criar uma manta de retalhos de coisas que estão sempre a quebrar.

E o problema volta a reaparecer mais tarde.

Por último, tens pessoas, que quando enfrentam um problema, que nunca resolveram ou não sabem como resolver, arranjam forma de encontrar uma solução.

Pesquisam, experimentam, questionam o status quo.

No final do dia, aparecem com soluções sólidas.

E na maioria das vezes, nem te dás conta de que alguma vez existiu um problema.

Incrível não é?

(Se és uma dessas pessoas, provavelmente estás a menosprezar a tua capacidade de resolver problemas, mas quero que saibas que fazes parte de uma minoria e és especial por isso 🤜🤛)

Se formos honestos com nós mesmo, nós somos dos 3 tipos. Dependendo do contexto em que estamos.

Mas aquilo que produz uma grande diferença, é no mindset com que encaramos os problemas que nos aparecem à frente.

O que me leva ao seguinte ponto…

Todos nós temos a capacidade de resolver problemas. E como vimos antes, alguns têm mais vontade que outros.

O que será que distingue a qualidade da solução?

Porque é que há soluções que são muito melhores que outras?

Porque é que algumas soluções são remendos, e outras são transformadoras?

Depois de pensar sobre isso, cheguei à seguinte conclusão:

O maior fator que contribui para a qualidade da solução, é a quantidade de recursos que se investe a trabalhar o problema.

“Trabalhar o problema? Como assim?”

Isso mesmo, conhecer intimamente um problema, produz (na maioria das vezes) soluções com maior qualidade.

Mas se formos a ver, na maioria das vezes, somos precoces e partimos logo para a solução.

Um problema aparece-nos à frente, e nós pimba, arranjamos logo uma solução.

Um colaborador apresenta-nos um problema e nós damos-lhe a solução.

Quando na verdade, deveríamos incentivar que a pessoa procure explorar convenientemente o problema e encontrar duas ou três soluções.

“Como se trabalha um problema?”

Trabalhar o problema é, primeiro que tudo, questionar se realmente é um problema.

(Uma das coisas que mais adoro é resolver pseudo-problemas.

As pessoas acharem que é um problema, mas depois de algumas perguntas, perceberem que afinal, nem era nada de mais.)

Em segundo lugar:

Observar, questionar e experimentar, para perceber 2 coisas:

  1. As raízes do problema (as razões que levam a que um problema seja efetivamente um problema).
  2. Quantificar as consequências desse problema.

Isso vai permitir resolver as coisas na raiz e não na superfície.

Se fores a ver, é isso que terapeutas e psicólogos fazem com os seus pacientes.

Questionam para ir à raiz, para resolverem lá o problema.

E depois, é como aqueles dominós que vão caindo, um atrás do outro.

Um exemplo prático:

No outro dia, o escritório ficou sem internet.

Ligaram aos técnicos e não conseguiram resolver.

Depois ligaram para mim a reclamar dos técnicos 😅.

“Bora lá pensar no problema.”

“Primeiro, conecta-te ao Router da operadora para ver se tem internet.”

“Tem internet? Sim? Boa, então estamos com internet.”

“Agora o próximo aparelho é a Firewall, desliga e volta a ligar.”

“Já ligou? Agora vai a um computador e testa para ver se já temos internet na rede.”

“Ok, toda gente já tem internet. Problema resolvido.”

“Agora, aponta este processo que acabámos de fazer, para caso volte a acontecer, tu já sabes o que fazer. Uma nota, se te ligares ao Router da operadora e não tivermos internet, então o problema está na operadora, e é para eles que deves ligar.”

(Como este problema tem sido recorrente, e depois de mais testes, o que vamos fazer é substituir o aparelho antigo por um novo. Porque a solução do procedimento que defini com a equipa, só resolve o sintoma, e não o problema.)

(Sim, tenho todo um lado geek de andar a mexer em hardware 😂)

Para concluir, da próxima vez que enfrentares um problema, faz o seguinte:

  • Resiste à tentação de partir logo para a solução: Dá um passo atrás e dedica tempo a compreender o problema antes de agires.
  • Questiona a verdadeira natureza do problema: Pergunta se aquilo que estás a enfrentar é realmente um problema ou apenas uma perceção errada. Identifica as raízes do problema.
  • Experimenta e ajusta: Testa soluções passo a passo, numa escala reduzida. Aprende com os resultados e ajusta conforme necessário para resolver o problema de forma eficaz.

🤙
Jorge

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